quinta-feira, 8 de maio de 2014

MODELANDO PARA MINHA MÃE

Em 2010, resolvi fazer umas fotos em estúdio com meu amigo e grande fotógrafo, Carlos Sillero que vivia me convidando para tirar fotos. A idéia não era fazer um book de modelo, mas sim um book de bailarina flamenca. Naquela manhã, levei alguns figurinos pro estúdio do Carlos e tiramos várias fotos assessorados pelo bailaor Gabriel Matias e pela maquiadora Deby Marques. Saí de lá me achando uma super modelo.

Resultaram dali muitas fotos, mas eu tinha certeza que não ia gostar de muitas delas, pois sempre me acho horrível em fotografias. Acabou que, graças às dicas preciosas do meu querido fotógrafo e à maquiagem e cabelos primorosos da Deby, acabei gostando de um monte de fotos. Eu gostei, meu namorado gostou, meu pai gostou, minhas irmãs acharam legais e, é claro, minha mãe adorou. Mãe é tudo igual...

Enfim, me achei bonita em várias fotos e uso elas no meu portfólio profissional, mas isso era pouco para minha mãe. Ela me achou tão linda nas fotos que ficou me azucrinando para fazer um cadastro numa agência de modelos. Só minha mãe para achar que eu levo jeito para este tipo de coisa. Aliás, se dependesse da minha mãe, eu estava apresentando o Jornal Nacional ou tendo um programa só meu em algum canal da TV brasileira. Enfim, como mãe não desiste nunca, resolvi ceder a pressão e fui fazer o tal cadastro e, por conseguinte, as tais fotos.

Quando eu cheguei na agência e vi a "maquiadora" chegando com uma sacolinha da Panvel com a maquiagem para passar em mim, desejei fortemente ter levado minha maleta com meus pós, corretivos, bases e sombras... Enfim, isso não era possível. Sentei na cadeira e esperei a menina fazer uma maquiagem basiquinha e sem muito glamour. Fiquei até bonitinha e fui pro estúdio.

Entrei lá e levei outro choque. O fotógrafo não conseguia ajustar a luz do estúdio pois só estava acostumado a fotografar crianças. Nesta hora, lembrei da minha mãe e pensei: "depois que isto terminar a Celma vai parar de me encher o saco". Sorri, dancei, gargalhei, tirei umas fotos, fui simpática e terminei logo com aquilo. Saí da agência com a certeza que aquelas fotos ficariam um lixo e que eu ia me odiar em todas elas. Por causa disso, nem fui buscar o Cd com as fotos quando elas ficaram prontas.Não sei o nome do fotógrafo e muito menos da maquiadora.

Pois este ano, me ligaram da agência para conferir o cadastro e acabei indo lá buscar as tais fotos que eu nunca tinha visto. Não é que algumas até saíram bonitinhas! Óbvio que não sou modelo, nunca fiz trabalho nenhum na área e só faço testes para comerciais e coisas do gênero quando pedem bailarinos e/ou jornalistas, mas fiquei feliz daquela tarde não ter sido absolutamente perdida. Finalizando o falatório todo, seguem abaixo algumas das fotos desta sessão em homenagem à minha mãe que me azucrina tanto, mas que tenho certeza que me ama. Obrigada pelos empurrões, Celminha.






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