segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

CURSOS DE FLAMENCO EM JANEIRO

Estamos na última semana de aulas do ano de 2013 e já temos agenda preparada para janeiro. Durante o primeiro mês do ano, teremos cursos especiais de flamenco na Escola La Tablada em Canoas além de um fim de semana intensivo em Uruguaiana com aulas para adultos e crianças. É bom aproveitar as oportunidades, pois em fevereiro a professora e bailaora aqui vai estar de férias.

Os cursos em Uruguaiana acontecem nos dias 4 e 5 de janeiro na Casa da Dança. Durante os dois dias, estarei dando aulas para crianças de 4 a 10 anos e para adolescentes de 11 a 14 anos. Além disto, darei um curso de iniciação à técnica do baile com leque (abanico) para adultos. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelos telefones (55) 9647-1112 e (55) 9996-2038.

Os cursos em Canoas acontecem a partir do dia 6 de janeiro. São três opções de cursos. O primeiro é para quem quer começar a dançar flamenco. As aulas para iniciantes acontecem nas segundas e quartas às 20h30 de 2 a 29 de janeiro. Alunos que estão no segundo ano ou mais de flamenco podem se inscrever para os cursos de Técnica de baile flamenco e de Baile com Mantón (xale espanhol) que acontecem de 7 a 30 de janeiro nas terças e quintas às 19h e 20h respectivamente. O investimento para cada curso da Escola La Tablada é de R$ 140,00. As inscrições feitas até dia 04/01 pelo e-mail grazi_silveira@hotmail.com ganham desconto de 10% no valor do curso. Quem faz mais de um curso pode parcelar o valor em 2X. Alunos de flamenco da escola também tem desconto de 10% no valor dos cursos.

Mais informações sobre a programação de janeiro:



sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

REFLEXÕES PÓS-CURSO COM YOLANDA HEREDIA EM FLORIANÓPOLIS

Eu já tinha ouvido falar sobre Yolanda Heredia e suas famosas aulas de bata de cola, mas o curso com ela foi muito mais do que eu esperava. Esta gitana sevilhana me mostrou um novo caminho para o meu flamenco, um caminho que ela começou a trilhar há anos atrás depois de uma grave lesão que quase a matou. A nova forma com que ela reinventou o seu próprio flamenco me mostrou que posso misturar conceitos que vivencio na dança contemporânea com o flamenco sem com isso perder a estética e essência do flamenco de que gosto tanto.

Nas aulas de Yolanda, reconheci uma série de conceitos das "técnicas contemporâneas" de dança, mas o resultado continua sendo um "flamenco de raiz", com seus códigos, ritmos, padrões estéticos, porém extremamente pessoal e fluído. O primeiro código da dança contemporânea que identifiquei foi a preocupação com a saúde do corpo, ou seja, com a forma com que fazemos os movimentos para que eles não gerem lesões futuras. Respirar, identificar pontos de tensão, soltar o corpo, não prender as articulações, não enrijecer o corpo, cuidar com o espaço onde estamos, reconhecê-lo e reconhecer nossos limites corporais e espaciais, tudo isso estava presente nas aulas. Foi libertador. Eu só conseguia pensar: como foi que eu nunca pensei em trazer este tipo de cuidado com o corpo pra minha prática flamenca?

Na aula de bata, ficaram evidentes conceitos como a transferência de peso corporal, o fluxo do corpo, de seus movimentos, a relação com a gravidade, a utilização de pêndulos corporais, o "jogar" o corpo no espaço, confiando que temos amparos externos para o nosso equilíbrio, a tentativa de não tensionar a musculatura externa, mas realizar os movimentos através da força de músculos mais internos, mais próximos aos ossos e, desta forma, poupar energia e tornar o movimento mais fluído, mais leve, mais solto no espaço e no próprio corpo. Além disto, a idéia contínua de que o movimento não deve ser "travado", que ele continua sempre, que podemos confiar na inteligência do nosso próprio corpo, que ele sabe reagir aos "problemas" que surgem pelo caminho, enfim, um estar disponível para tudo que está acontecendo ao nosso redor e deixar que isso modifique e transforme nosso corpo, movimento e coreografias.

Sério, Yolanda Heredia alargou um caminho que eu só tinha visto espiando pela fechadura. Eu já buscava unir tudo isso, mas não sabia muito bem como. Nunca quis criar uma nova dança, uma mistura de flamenco com dança contemporânea, mas sempre me interessou uma nova relação com o corpo e com aquilo que transmitimos para o público que nos vê e para os colegas que nos acompanham em cena. Depois deste fim de semana no Campeche, sinto que tenho ferramentas para unir as duas coisas nas quais trabalho corporalmente sem necessariamente criar um novo "estilo" de dança. Eu amo o flamenco tradicional, com sua estética, forma e estrutura tradicionais. Amo também a dança contemporânea, que me permite improvisar e criar meus próprios passos e expressões, além de modificar modificar movimentos e criar novas relações do corpo com o espaço e com objetos cênicos. Agora, Yolanda Heredia me mostrou que posso unir as duas coisas no meu corpo e seguir mantendo-as esteticamente independentes. O caminho é longo, mas já estou dando meus primeiros passos. Olé Yolanda Heredia! Gracias por todo, maestra!

Foto: Eduardo Vasconcellos
Creative Commons (by-nc)
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Foto: Eduardo Vasconcellos
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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

III PEÑA DA ESCOLA LA TABLADA

Dia 10 de dezembro, acontece a III Peña Flamenca da Escola La Tablada em Canoas. O evento conta com as participações especiais do guitarrista Giovani Capeletti e do bailaor Robinson Gambarra. No palco do mini teatro da escola estarão artistas profissionais e amadores que tem o flamenco como paixão. Neste evento, encerramos um ano cheio de muito esforço e dedicação. Será um momento de estréia para alguns alunos que começaram a dançar em 2013, além de ser a primeira vez que o maestro Robinson participa do evento que já teve duas outras edições no ano passado.

A III Peña Flamenca da Escola La Tablada acontece na terça-feira, dia 10 de dezembro, às 20h30. Os ingressos, que custam R$ 15,00, estão à venda com a professora e alunos de flamenco da escola e podem ser reservados pelo e-mail grazi_silveira@hotmail.com
Abaixo, segue um breve currículo dos dois artistas convidados.

Giovani Capeletti - Guitarrista flamenco. Reside em Porto Alegre - RS, onde desenvolve um trabalho com companhias e escolas de baile locais, dentre elas a Escola e Companhia de Flamenco Del Puerto e a Escola, Companhia e Tablao Flamenco Tablado Andaluz. Já esteve na Espanha em duas ocasiões, em períodos de estudo: Em 2009, em Madrid, onde teve aulas com Agustin Carbonell “El Bola” e Fernando De La Rua, e em 2012, quando participou dos cursos de flamenco do Festival De La Guitarra De Córdoba, onde teve aulas com Miguel Ángel Cortés, José António Rodríguez e Manolo Sanlúcar, e do Curso Flamenco De Sanlúcar de Barrameda, onde teve aulas com Gerardo Núñez e António Carrión. Trabalhou com grandes nomes da música flamenca no Brasil, como: Yuri Cayres, Fernando De La Rua, Allan Harbas, Jony Gonçalves, Fernando De Marília, Diego Zarcon, Tiza Harbas, Marcio Bonefon, Jeferson Oliveira e Lucas Ruedas. Trabalhou também com grandes nomes do baile flamenco, nacionais e internacionais, como: Carmen La Talegona, Belén Fernandez, Pepa Molina, Mari Paz Lucena, Claudio Arias, Yanina Martínez, Miriam Galeano, Juliana Prestes, Pedro Fernández, Stefano Domit, Lisiane Sfair, Adelita Parra e Mariana Abreu.

Robinson Gambarra - descendente de espanhóis, é de Niterói, RJ. Há mais de 20 anos, trouxe o flamenco para Porto Alegre onde fundou a Escola Cia de Dança Flamenca Tablado Andaluz ao lado de Andréa Franco. É professor, bailaor e coreógrafo. Foi o primeiro bailaor de flamenco a ser indicado na categoria Melhor Bailarino do Prêmio Açorianos de Dança na capital gaúcha e atualmente dá aulas em Uruguaiana, Nova Prata, Novo Hamburgo e Porto Alegre além de atuar no bar flamenco do Tablado Andaluz em Porto Alegre.


domingo, 17 de novembro de 2013

EVENTOS DO TABLADO ANDALUZ

Nesta semana, volto ao palco do Bar Flamenco do Tablado Andaluz, mas apenas por dois dias. A temporada de shows deste fim de semana será menor no tablao, pois nos dias 23 e 24 de novembro, a Cia e Escola de Dança Tablado Andaluz apresenta o espetáculo Simplesmente Flamenco no Teatro do CIEE em Porto Alegre.

Aqueço os tacones na quinta e sexta, dias 21 e 22, ao lado de Andréa Franco (baile), Giovani Capeletti (guitarra), Pedro Fernandez (cante) e Gustavo Rosa (cajón). O bar abre às 20h e o show ocorre a partir das 22h. O Tablado Andaluz fica na Av. Venâncio Aires, 556 - Cidade Baixa em Porto Alegre.

No sábado e no domingo, a partir das 21h, é hora de mostrar o resultado de um ano de trabalho junto aos músicos, bailaores e alunos da escola de dança que já comemorou 20 anos de fundação. O espetáculo Simplesmente Flamenco conta com a participação do cantaor argentino Maximiliano Serral. Os ingressos custam entre R$ 50,00 e R$ 70,00 reais e estão à venda no Tablado Andaluz e no Teatro do CIEE (neste local a partir das 14h do dia 23 de novembro).

Mais informações sobre as apresentações do próximo fim de semana nos cartazes abaixo.



sábado, 2 de novembro de 2013

PACO DE LUCIA EM PORTO ALEGRE

Um dos maiores nomes da história do flamenco faz show em Porto Alegre no dia 10 de novembro. O guitarrista Paco de Lucia traz seu mais recente show para a capital dos gaúchos e, de quebra, bailaores e músicos do Rio Grande do Sul poderão fazer cursos de baile e percussão flamenca. Os ingressos para assistir ao show de Paco de Lucia já estão à venda. O espetáculo será no Araújo Vianna às 20h. Maiores informações no link: http://www.dellarte.com.br/programacao-e-ingressos/porto-alegre/oi-araujo-vianna/paco-de-lucia

Entre os artistas que acompanham Paco de Lucia no show do dia 10, está o bailaor sevilhano Farruco que ministra workshop no Tablado Andaluz nos dias 9 e 10 de novembro. Além dele, o percussionista Israel Suarez "El Piraña" promove uma masterclass no dia 9 das 19h às 20h30 também no Tablado Andaluz. As informações sobre os dois cursos estão nos cartazes abaixo.



Ainda aproveitando o clima mais que flamenco que vai tomar conta de Porto Alegre na semana que vem, tem loja itinerante das marcas de artigos flamencos La Negra e Riatitá e shows especiais na quinta, sexta e sábado, dias 8, 9 e 10 no bar flamenco do Tablado Andaluz que fica na Avenida Venâncio Aires, 556. Nestes dias, o palco do único tablao da capital gaúcha recebe bailaores e músicos de várias partes do Brasil. Informações e reservas pelo telefone: 3311-0336. Mais informações sobre as tiendas de roupas e acessórios flamencos nos flyers:






segunda-feira, 28 de outubro de 2013

TEMPORADA NO MEME SANTO DE CASA

Em novembro, volta a cartaz para uma temporada curta de apenas 3 dias o espetáculo de dança Il faut trouver chaussere à son pied da Geda Cia de Dança Contemporânea. As apresentações ocorrem no espaço cultural Meme Santo de Casa na Rua Lopo Gonçalves no bairro Cidade Baixa em Porto Alegre. Além desta obra, a companhia mostra também performances das bailarinas Fabiane Severo, Stela Menezes e Graziela Silveira. A temporada ocorre nos dias 8, 9 e 10 de novembro. Na sexta e no sábado, as performances começam às 20h e a obra Il Faut às 21h. No domingo, os horários mudam para 19h e 20h respectivamente.

Mais tarde volto a falar do espetáculo completo da companhia. Por hora, quero escrever sobre a performance que vou fazer para abrir as noites lá no Meme. "Para mis abuelos" é um trabalho inspirado nas tragédias familiares que envolverem minha avó paterna e meu avô materno. Ambos morreram muito jovens e em situações bem diferentes. Minha avó deu fim à própria vida e meu avô foi atingido por um raio durante uma tempestade. Não é sobre a morte em si que quero "falar" no meu trabalho. O que me move é a sensação de abandono que creio que eles devem ter vivido muitas vezes nas vidas deles.

Lá pela década de 30, meu avô paterno viajava muito para comprar gado nas fazendas do Uruguai e Argentina, por isso, minha avó ficava em casa com os três filhos pequenos. Pelo pouco que meu pai lembra da mãe dele (ele tinha apenas 2 anos quando ela morreu), percebemos que ela era uma mulher um pouco a frente do tempo dela. A família conta que ela dirigia carro, que era muito braba, trabalhava para manter a casa durante as viagens do meu avô e que não aceitava muito bem as puladas de cerca dele. Acho que ela deve ter entrado em depressão ou coisa assim e acabou terminando a vida dela de uma maneira bastante poética: arrumou a casa toda, colocou os filhos para dormir, vestiu-se como se fosse a uma festa, escreveu um bilhete e tomou veneno misturado com vinho tinto sentada numa cadeira de balanço. Eu queria ter conhecido esta mulher de personalidade forte que não resistiu a um casamento no qual se via presa e abandonada. Conheci a sensação de ser deixada para trás enquanto vemos os outros seguirem a vida como se nada tivesse acontecido. É uma dor real, física.

O link com a história do meu avô é exatamente este abandono e esta prisão, pois ele era mineiro e trabalhava nas minas de carvão. As minas naquela época, estamos falando dos anos 40, eram subterrâneas, escuras e frias. Eram constantes os acidentes que vitimavam mineiros, os que sobreviviam às minas, aposentavam-se cedo e sofriam de muitas doenças respiratórias. Meu avô e avó maternos eram pessoas muito pobres: ele mineiro e ela lavadeira. Ela ficou em situação muito difícil depois da morte dele que aconteceu quando minha mãe tinha apenas 8 anos de idade. Minha mãe lembra de ver minha avó vestida de luto dos pés à cabeça. O mesmo preto que envolveu o marido dela naquelas minas de carvão onde os homens eram deixados à própria sorte sem saber direito o que encontrar pelo caminho, sem enxergar direito pra onde estavam indo, foi companheiro da minha avó por uns dois anos ou mais e foi sendo aliviado aos poucos: do preto total para o preto e brando e depois para o azul escuro e assim por diante. Além disto, a família tinha medo das tempestades de raio e todos sempre corriam para guardar os objetos metálicos como tesouras e facas nas gavetas e cobrir espelhos com panos. Os antigos diziam que estes objetos atraíam raios.

Enfim, o preto do carvão e do luto, a sensação de abandono seja físico ou emocional, o sentir-se só e perdido, sem possibilidade de saída, são sobre estas coisas que vou "falar" com meu corpo lá no Meme Santo de Casa daqui a duas semanas. É um tema meio trágico, mas eu gosto destas coisas. Deve ser por isso que me identifiquei com o flamenco, pois estas tragédias da vida humana são os temas das letras do flamenco que aliás é trilha sonora para a minha performance bem como base de pesquisa para as movimentações corporais. Para terminar, deixo aí as últimas palavras de minha avó materna escritas no idioma dela, que era uruguaia, e que viraram seu epitáfio:

"La guadaña de la muerte
cortó una flor en capuz
Dejando en la orfandad tres niños
Y una madre sin cariño
llorando sobre la cruz."

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

EVENTOS FLAMENCOS EM PORTO ALEGRE

Depois da postagem sobre os eventos flamencos que acontecem na serra gaúcha, vou falar sobre a agenda flamenca de Porto Alegre.

As atrações desta semana começaram na segunda, dia 21, com a abertura da Feira de Sevilha do Tablado Andaluz. Inspirado na feira espanhola, o Tablado comemora a chegada da Primavera com uma semana de aulas gratuitas de sevilhanas. As aulas acontecem às 19h para quem quer aprender os primeiros passos desta dança e às 20h para quem já dança algum tipo de sevilhana. No sábado, às 15h, acontece uma aula especial de castanholas.

A semana flamenca no Tablado Andaluz termina com as tradicionais peñas de quinta, sexta e sábado à noite com buffet de paellas e show de flamenco com música ao vivo. No dia 27 de outubro, domingo, o local oferece um almoço com show de flamenco. Informações sobre as aulas e os shows deste fim de semana pelos telefones 3311-0336 ou 3574-3009.

 
Na quarta-feira da semana que vem, dia 30 de outubro, volta aos palcos da capital gaúcha o espetáculo Como Montar um Baile de Silvia Canarim e grupo. Estreado em dezembro de 2012, o espetáculo une a dança flamenca à estética e à poética contemporânea e será apresentado no projeto Quartas na Dança no Teatro Renascença às 20h. Os ingressos custam R$ 10,00.
 
 
Concepção e direção geral Silvia Canarim
Direção Cênica: Iandra Cattani
Coreografias: Silvia Canarim e grupo...
Bailarinos: Clarice Alves, Kelly Milioni, Larissa Guedes, Madalena Heinen, Michelle Richter, Paula Finn, Paula Xavier Machado, Silvia Canarim e Valéria Calvi.
Músicos Fernando de Marília (guitarra flamenca), Thaís Rosa (cante flamenco), Cristiano “Tuti” Rodrigues (percussão), Franco Salvadoretti (flauta transversa), Clarissa Grecco e Ana Medeiros (palmas).
Participações especiais: Ana Medeiros e Maria Albers (baile).
Desenho de Luz: Fabrício Simões
Sonorização: Mateus Staniscuaski
Produção: Paula Finn
Figurinos: Michele Richter, Ana Rita Conter e Silvia Canarim.

 
 



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

EVENTOS FLAMENCOS NA SERRA GAÚCHA

Nos próximos dias, a serra gaúcha vai receber vários eventos de flamenco de música e dança flamencas.

O primeiro deles é a abertura do Festival Música no Casarão 2013 em Morro Reuter no próximo sábado, dia 19 de outubro. O festival começa com o show de um dos melhores guitarristas de flamenco do Brasil: Giovani Capeletti. O show de guitarra flamenca acontece no sábado, dia 19 de outubro, às 20h no Casarão (VRS 873, 1370 - estrada para Santa Maria do Herval, a 900 metros da BR 116). Os ingressos custam R$ 20,00 (50% de desconto para estudantes e crianças até 12 anos). O local conta com bistrô que ficará aberto antes e depois do espetáculo.


Os outros eventos flamencos na serra acontecem em Caxias do Sul nos dias 21, 22, 23, 26 e 27 de outubro. A agenda por lá começa no dia 21 com workshops de baile flamenco ministrados pelo brasileiro radicado na Espanha Stéfano Domit. As aulas acontecem na escola que lançou este talento para o mundo: o Tablado Caxias. Maiores informações pelo e-mail tabladocaxias@gmail.com



Depois dos cursos, o bailaor sobe ao palco do Teatro São Carlos num show com entrada franca e a presença especialíssima da bailaora cordobesa Carmen "La Talegona". Eu já vi a Carmen dançar por duas vezes e recomendo a experiência. Ela começa a dançar e é como se uma onda de energia tomasse conta de todo o ambiente onde o show está acontecendo. Ela é impressionante. O show conta ainda com a bailaora brasileira Lisiane Sfair, o guitarrista brasileiro Fernando De La Rua, ambos radicados na Espanha, o cantaor espanhol David Vásquez, a flautista carioca Letícia Malvares e o brasileiro Pedro Fernandez.


Para terminar, tem dois cursos especiais para profissionais do flamenco no domingo dia 27. As aulas acontecem no Tablado Caxias e pedem um investimento de R$ 50,00 para cada 2h30 de aula.




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

VÍDEOS DO CONCURSO NO TABLADO

Foram muitos os pedidos para ver os vídeos do I Concurso de Baile Flamenco do Tablado Andaluz que aconteceu no início de setembro em Porto Alegre. Pedidos de pessoas que gostam desta arte, mas não puderam prestigiar o evento ao vivo. Seguem abaixo, os vídeos que encontrei do evento, já que ele não teve filmagem oficial. Os vídeos postados aqui foram feitos por amigos dos bailaores e bailaoras que estavam concorrendo, por esta razão, não há vídeos de todos os concorrentes e nem todos os vídeos tem uma imagem e sons perfeitos. Aproveitem o passeio virtual pelo concurso do Tablado. No final, tem o vídeo do meu solo.

Este é a soleá por bulerias apresentada por Giovanna Vilariño na final do Concurso. Ela é uma das ganhadoras do segundo lugar. Guitarra: Giovani Capeletti. Cante: Maxi Serral. Palmas: Gabriel Matias e Ana Cândida Amaral. Cajón: Gustavo Rosa


Em seguida, temos os bailes de Ana Cândida Amaral, que dividiu o segundo lugar com a Giovanna. O primeiro vídeo é das alegrias apresentadas na semifinal. Guitarra: Jony Gonçalves. Cante: Maxi Serral. Palmas: Graziela Silveira e Bianca Benevenutto. Cajón: Gustavo Rosa


E este é o vídeo do tango de málaga que ela apresentou na final. Guitarra: Giovani Capeletti. Cante: Claudio Montoya. Palmas: Gabriel Matias e Anderson Alves. Cajón: Gustavo Rosa


Estes são os bailes de Marcela Gonzaga, única concorrente da categoria amador. O baile da semifinal foi um Romance. Guitarra: Giovani Capeletti. Cante: Maxi Serral. Cajón: Pedro Fernandez. Palmas: Andréa Franco


E esta é a alegrias que ela apresentou na final. Cante: Claudia Montoya. Guitara: Jony Gonçalves. Cajón: Pedro Fernandez. Palmas: Andréa Franco


Este é um vídeo editado com os dois bailes do ganhador do concurso: Gabriel Matias. O vídeo começa por cantiñas. Guitarra: Jony Gonçalves. Cante: Maxi Serral. Palmas: Anderson Alves e Giovanna Vilariño. Cajón: Gustavo Rosa. O vídeo termina com o tientos apresentado na semifinal. Guitarra: Giovani Capeletti. Cante: Claudia Montoya. Palmas: Bianca Benevenutto e Giovanna Vilariño.


Este é um dos bailes do anfitrião do evento, Pedro Fernandez, que abriu todas as noites do concurso. O baile é por tangos. Guitarra: Jony Gonçalves e Giovani Capeletti. Palmas: Andréa Franco. Cante: Maxi Serral e Claudia Montoya. Cajón: Gustavo Rosa


E, por fim, o vídeo da minha soleá. Agradecimento especial à minha amiga Danielle Zil que registrou este momento único mesmo sem um pedido meu. É como dizem por aí: quem tem amigos tem tudo. Guitarra: Giovani Capeletti. Cante: Claudia Montoya. Palmas: Ana Cândida Amaral e Luana Jacocciunas. Cajón: Pedro Fernandez

domingo, 29 de setembro de 2013

FOTOS DA MINHA SOLEÁ NO CONCURSO

Além das reflexões sobre o evento, o I Concurso de Baile Flamenco realizado pelo Tablado Andaluz me proporcionou momentos de aprendizado e belos registros fotográficos. O aprendizado será aplicado em novos bailes. As fotos feitas por Carol Velasques podem ser vistas logo abaixo.

Contatos sobre shows, aulas e informações sobre flamenco podem ser obtidas pelo e-mail grazi_silveira@hotmail.com

Nas palmas: Luana Jacociunas e Pedro Fernandez






Palmas: Luana Jacociunas, Pedro Fernandez. Cante: Claudia Montoya. Guitarra: Giovani Capeletti
Palmas: Luana Jacociunas, Pedro Fernandez. Cante: Claudia Montoya. Guitarra: Giovani Capeletti
Palmas: Luana Jacociunas, Pedro Fernande, Ana Candida Amaral. Guitarra: Giovani Capeletti



Palmas: Ana Candida Amaral, Pedro Fernandez. Cante: Claudia Montoya. Guitarra: Giovani Capeletti
Palmas: Luana Jacociunas, Ana Candida Amaral
Palmas: Luana Jacociunas, Pedro Fernandez, Ana Candida Amaral. Cante: Claudia Montoya. Guitarra: Giovani Capeletti
Finde fiesta por bulerias. Palmas: Luana Jacociunas, Pedro Fernandez, Gustavo Rosa, Bianca Benevenuto, Giovanna Vilariño, Andréa Franco, Ana Candida Amaral. Cante: Claudia Montoya, Maximiliano Serral. Guitarra: Giovani Capeletti, Jony Gonçalvez.



terça-feira, 24 de setembro de 2013

SHOW DE FLAMENCO NO TABLADO ANDALUZ

Depois do concurso de flamenco, a minha rotina já voltou ao normal. Sigo com as aulas no Tablado Andaluz em Porto Alegre e na Escola La Tablada em Canoas e chegou a vez de voltar aos palcos.

Sou a solista convidada desta semana no Tablado Andaluz. Tem shows nos dias 26, 27 e 28 de setembro. A casa abre às 20h e o show acontece a partir das 22h. O Tablado fica na Av. Venâncio Aires, 556 - Cidade Baixa. O bar serve buffet de paellas, mas os clientes também podem fazer reservas somente para assistir ao show. O preço por pessoa do jantar + show é de R$ 60,00 (bebidas não incluídas). O couvert artístico para quem vai somente ver o show é R$ 20,00. Lembrando que é sempre bom fazer reserva antes, principalmente aos sábados.

Durante este fim de semana, estarei acompanhada pelo time de artistas da casa: Giovani Capeletti (guitarra flamenca), Andréa Franco (palmas e baile), Pedro Fernández (palmas e cante) e Gustavo Rosa (cajón). Informações e reservas podem ser feitas todos os dias da semana a partir das 14h30 pelos telefones no cartaz abaixo. 



domingo, 15 de setembro de 2013

REFLEXÕES PÓS-CONCURSO

Participar do I Concurso de Baile Flamenco do Tablado Andaluz me fez refletir sobre algumas coisas. Foi uma experiência enriquecedora que me deixou ainda mais certa do caminho que estou seguindo e das coisas que estou buscando. Fiquei ainda mais convicta das minhas idéias, percepções e ideais.

Vamos começar pelo começo. Depois de muito relutar decidi me inscrever na competição, mas não julgo aqueles que não sentiram vontade de fazer o mesmo. Não acho que é apenas medo que tira pessoas de competições assim. Há muito outros fatores que influenciam as decisões dos outros. Eu não sei o momento de vida e de carreira que cada um está passando e, por este motivo, não me coloco no papel de juiz e de crítico. Tem o motivo financeiro, pois a participação só era permitida mediante pagamento de uma taxa de inscrição de R$ 150,00. Não é muito, mas também não é pouco ainda mais para artistas que, em geral, vivem com pouco dinheiro e com muito trabalho. Tem também a credibilidade do evento, afinal de contas, foi a primeira edição do mesmo e muitas pessoas podem ter duvidado da efetiva realização e organização do mesmo. Tem ainda aqueles que são contra concursos que valoram a arte de cada um segundo critérios subjetivos de um corpo de jurados. Há aqueles que já tem uma certa trajetória de vida e profissão e que não acham necessário colocarem-se à prova num evento como este. E, por fim, existem os que estão buscando outras formas de expressão que não o baile de tablao que era o mote do concurso. Todos motivos válidos e perfeitamente aceitáveis, por isto não critico ninguém pelo fato de não terem subido ao palco.

A segunda reflexão que faço sobre o evento é quanto aos jurados. Desde o início achei ruim o fato de ter um único jurado com plenos poderes sobre o resultado do concurso. É óbvio que era uma pessoa super gabaritada, um maestro como existem poucos no mundo do flamenco, mas era apenas uma pessoa com sua subjetiva e suas impressões. Pelo feedback que ele me deu depois da minha participação na semifinal do concurso, entendi que ele elegeu uma característica específica do baile de tablao como sendo a mais importante e escolheu os finalistas de acordo com esta característica que, no caso, era a soltura em cena e a improvisação. Se houvessem outros jurados, haveriam outras subjetividades, outros estéticas, outros gostos e talvez tivessem elegido outras características como mais importantes como a qualidade técnica, o sentido rítmico, a expressividade e assim por diante. Assim sendo, o resultado do concurso teria sido outro, pois estas diversas subjetividades conversariam e tentariam chegar a um denominador comum.

Acho também que o concurso deveria rever a forma de julgamento. Acho que os jurados deveriam assistir aos ensaios, pois ali é onde podem ver se o bailaor sabe se comunicar com os músicos, entende da estrutura do baile, do cante, se ele realmente sabe o que está fazendo, se sabe acompanhar aos outros colegas nas palmas ou se o resultado que aparece na hora da cena só é possível graças à ajuda de terceiros que não deveriam fazer este papel na hora do ensaio de um concurso. Além disto, se o regulamento prevê um tempo mínimo e um tempo máximo para os bailes, as apresentações deveriam ter sido cronometradas, pois alguns participantes pareceram exceder o tempo máximo ou pareceram não cumprir o tempo mínimo exigido para os bailes. Falo estas coisas, pois este é o tipo de cuidado que faz um evento ter nome, respeito e atrair novos participantes no futuro. Quem é que quer participar de um evento que não tem credibilidade? A credibilidade é construída a partir destes pequenos e grandes detalhes e faz a diferença num evento que tem tudo para ser muito interessante e revelar grandes talentos.

Por fim, fiquei feliz com minha participação pois tive um feedback do jurado, do público e de pessoas que trabalham comigo muito importante. Pessoas que se emocionaram, que foram realmente tocadas por minha apresentação. O jurado não me mandou para a final, pois achou meu baile muito certinho para um tablao. Quer saber? Recebi como um elogio. Sim, eu ensaiei bastante o que eu queria fazer. Eu sabia exatamente o que queria e estudei para isto. Eu sabia exatamente o que pedir para os músicos e o resultado foi um baile perfeitamente estruturado e bem executado. Ouvi diferentes tipos de letras, montei o baile da forma que eu queria e consegui executar com emoção e qualidade técnica. Foi muito bom perceber que eu posso fazer. Que eu tenho condições de emocionar os outros e de me sentir feliz com minha atuação. Eu fiz o mais importante: cumpri meu objetivo e emocionei ao público. Era uma estréia, eu estava nervosa e realmente não estava "solta no palco", mas tenho certeza que conseguirei fazer isto. Agora, é seguir trabalhando, pois sempre há o que melhorar, não se pode limitar o crescimento e o conhecimento. A lição que tirei disto tudo é que sou capaz, que sou competente, que tenho todas as condições para chegar onde quero e que estou no caminho certo. Só me resta seguir em frente e, conforme o jurado, buscar os maestros que me proporcionem este crescimento e conhecimento.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

FESTIVAL FLAMENCO DE SJC E SHOW NO TABLADO

Nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, participei da edição 2013 do Festival Internacional de Flamenco de São José dos Campos. Durante o evento, pude conhecer pessoas flamencas de outros estados do Brasil e fazer aulas com a bailaora jerezana Inmaculada Ortega.

Eu já conhecia Inmaculada, mas nunca tinha feito aulas com ela. Na verdade, conhecia seu lado costureira, pois ela criou três dos meus figurinos de flamenco durante minha rápida estada em Madri em agosto de 2010. Foi muito bom poder fazer aulas com a pessoa que criou a minha bata de cola (vestido com uma cauda longa que é um dos elementos que podem ser usados no baile flamenco) e ver como ela se movimenta e entende o trabalho com a bata, com o corpo e com os braços. Aliás, são lindos os braceos da Inma. Ela parece um cisne do Lago de Tchaikovsky. Além disto, é uma pessoa muito agradável e humilde. Vê-la dançar bem de pertinho foi muito bom.

Voltei da viagem com as baterias recarregadas. Mais do que pronta para as aulas, os ensaios e os shows. Sigo com as aulas no Tablado Andaluz em Porto Alegre e na Escola La Tablada em Canoas. E por falar em shows, neste fim de semana, dias 5, 6 e 7 de setembro, danço no Tablado Andaluz ao lado de Luana Jacociunas (baile), que está voltando de uma temporada de 5 meses na Espanha, Giovani Capeletti (guitarra flamenca), Pedro Fernandez (cante) e Gustavo Rosa (cajón).  Mais informações sobre as aulas de dança flamenca podem ser obtidas pelo e-mail grazi_silveira@hotmail.com

Abaixo uma foto minha com a Inmaculada Ortega e a bata que ela criou para mim e o cartaz com informações sobre os shows do fim de semana.



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

SHOWS DE FLAMENCO EM JULHO (POSTAGEM ANTIGA QUE DEVERIA TER IDO AO AR NO DIA 11 DE JULHO)

O dia é de greve geral, mas eu sigo trabalhando, pois quem trabalha por conta própria não pode se dar ao luxo de perder dias de trabalho. E, por mais que eu ache absolutamente justas as reivindicações feitas pelo povo durante junho, as manifestações já me custaram vários dias de trabalho e os políticos brasileiros continuam agindo como sempre agiram. Enfim, é preciso mudar, mas já que os políticos brasileiros não escutam o clamor das ruas, o jeito é seguir trabalhando e tentando mudar a realidade da forma como podemos, no meu caso, com a arte.

As aulas de flamenco seguem no Tablado Andaluz em Porto Alegre e na Escola La Tablada em Canoas, que reabriu a turma de iniciantes aos sábados pela manhã às 11h. Informações sobre as aulas podem ser obtidas pelo e-mail grazi_silveira@hotmail.com

Enquanto isto, volto aos palcos do Tablado Andaluz nos dias 11, 12 e 13 de julho a partir das 22h. A meu lado estão Andréa Franco (baile), Thaís Rosa (cante), Pablo Vares (guitarra) e Gustavo Rosa (cajón). A casa abre às 20h com buffet de paellas e saladas além de tapas (petiscos espanhóis) e sangria (bebida a base de vinho e frutas). O couvert do show é de R$ 10,00 para quem janta e R$ 20,00 para quem quer ir somente para ver um típico quadro flamenco. Abaixo, seguem fotos do último show que fiz no Tablado lá por 20 de junho e o cartaz divulgando as apresentações deste mês.

Com Giovani Capeletti (guitarra) por farruca. Foto: Letícia Godoy

Com Giovani Capeletti (guitarra) por farruca. Foto: Letícia Godoy

Com Giovani Capeletti (guitarra) por farruca. Foto: Letícia Godoy


terça-feira, 20 de agosto de 2013

FLAMENCO NO TRIO ELÉTRICO

No domingo, dia 18 de agosto, a dança me proporcionou mais uma experiência única. Pela primeira vez, dancei sobre um trio elétrico. Por alguns minutos, fui a Ivete Sangalo do flamenco. Brincadeiras a parte, foi muito legal levar o flamenco para um público que não está acostumado a ver este tipo de manifestação artística.

O show fez parte da programação da Caravana Cultural de agosto em Canoas. E a caravana deste mês foi especial, pois marcou o encerramento da 7ª Semana da Juventude do município. A dança flamenca abriu a programação do dia que teve ainda campeonato de skate, shows de teatro, rap e hip hop. Foi muito bom ver as famílias na praça Dona Mocinha no bairrro Niterói assistindo ao show de flamenco, mas também foi gratificante ver que os adolescentes que estavam desde cedo pela manhã praticando suas manobras de skate também pararam para ver Graziela Silveira e Robinson Gambarra apresentarem seus números de dança.

É sempre bom expandir o leque de conhecimento das pessoas. Foi mesmo uma experiênmcia única para mim, pro Robinson e para o público na praça.

Quem quiser saber mais sobre o que aconteceu, pode acessar o site da Prefeitura de Canoas no link: http://www.canoas.rs.gov.br/site/noticia/visualizar/id/116090

Caravana Cultural no Bairro Niterói em Canoas - agosto 2013 - Foto: Tony Capellão
Caravana Cultural no Bairro Niterói em Canoas - agosto 2013 - Foto: Tony Capellão
Caravana Cultural no Bairro Niterói em Canoas - agosto 2013 - Foto: Tony Capellão
Caravana Cultural no Bairro Niterói em Canoas - agosto 2013 - Foto: Roberta Fagundes