quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

ARTISTA ?


Depois da tragédia que aconteceu em Santa Maria, vi todo tipo de comentário nas redes sociais da internet, mas um dos que mais me chocou foi ver uma “artista” dizer que se a pessoa não tinha nenhum parente ou conhecido entre os mortos e feridos na Boate Kiss, esta pessoa não pode ficar triste ou até mesmo chorar por causa do fato.

Seria correto chamar de artista uma pessoa incapaz de se sensibilizar com a dor de outras pessoas como ela? O fazer artístico não é impregnado de sentimentos, razões, emoções, pensamentos e inspirações humanas? A arte não versa sobre o ser humano e sobre o mundo que nos cerca a partir da visão de outro ser humano sobre tudo isto? E como chamar de artista uma pessoa que é incapaz de sentir tristeza diante das imagens de mães e pais chorando sobre os corpos de seus filhos?  É possível fazer arte sem ser alguém sensível aos outros e ao meio que nos cerca? É possível ser artista sem ser humano, no sentido de ser um ser racional que é capaz de compaixão para com os outros?

O objeto da arte é esta humanidade ou estaria eu enganada? Os artistas falam, cantam, pintam, dançam, compõem, enfim, inspiram-se nas coisas que nos tornam humanos, ou seja, os nossos sentimentos, emoções, nas relações políticas e sociais dos seres, naquilo que podem perceber do mundo que os cerca e por aí vai. Se a pessoa não é capaz de sensibilizar-se com tudo aquilo que a rodeia como pode querer se expressar artisticamente sobre estas coisas? O artista é um ser que se contamina dos outros ou que busca em si mesmo elementos que possam contaminar aos outros. Alguma pessoa que se diz artista profissional faz arte para si mesmo? Os artistas podem exteriorizar seu interior, mas também se inspirar em outros seres ou na natureza ou discutir problemas e conflitos importantes da sociedade em que vivemos. O artista quer comunicar, propor reflexões, encantar, emocionar, transformar o público, criar novas possibilidades de entendimento. É impossível fazer qualquer uma destas coisas sem conhecer as pessoas para as quais estamos “falando”. E o conhecer passa também pelo ato de se colocar no lugar do outro e perceber a vida pelo olhar do outro. Não consigo conceber um artista alienado dos outros e do mundo que nos cerca vivendo nesta nossa “sociedade da informação”, das redes sociais, da internet, da globalização. Somos seres sociais e a nossa arte precisa refletir isto.

Conversando sobre o assunto, uma amiga me fez pensar ainda noutro aspecto, esta pessoa anda pelas noites, vai a locais como a boate Kiss. Onde está o papel social do artista? Eu acredito que os artistas tem um papel social que pode ser manifestado enquanto denúncia, que pode ser feita através dos meios legais ou do próprio fazer artístico. Este tipo de pessoa vai conseguir subir tranquilamente num palco sem pensar antes se o local que ela está é seguro para ela e para os demais? Será que esta pessoa vai soltar fogos de artifício no seu próximo show? Ou vai continuar entrando em locais superlotados sem ao menos procurar as saídas de emergência ou se certificar que elas existem? E se não existem? Vai continuar frequentando o lugar e trabalhando neste lugar sem ao menos falar com os responsáveis sobre os problemas que o local apresenta? Isto é, além de tudo, burrice! Afinal de contas, não só a segurança dos frequentadores dos lugares está em risco, mas de todos aqueles profissionais artistas ou não que estão atuando nestes locais. Os artistas também precisam exigir condições seguras de trabalho, além do pagamento de cachês dignos.

E é por isto que escrevi “artista” entre aspas lá no início do texto. Acredito que esta pessoa que é incapaz de sensibilizar-se com a dor alheia, mas uma dor que todos nós seres humanos um dia sentiremos, pois a morte faz parte da vida e todos nós perderemos entes queridos ao longo dos anos em que vivermos. Esta pessoa incapaz de sentir algo tão humano não pode ser considerada um artista. É indigna de intitular-se como tal por ser incapaz de sentir o outro e de pensar seu papel enquanto ser social. Diria mais, será que esta pessoa pode ser considerada um ser humano? Um ser realmente humano? 

sábado, 19 de janeiro de 2013

É ERRANDO QUE SE APRENDE


Depois de mais um curso visando meu aprimoramento no vasto mundo do flamenco cheguei a algumas conclusões que gostaria de compartilhar. A maioria delas é baseada numa frase da bailaora Eliezer La Truco, que disse “o flamenco não é perfeito assim como as pessoas são imperfeitas”.

Fazer aulas é algo enriquecedor. É muito bom expandir os horizontes sejam eles físicos ou intelectuais. No caso da dança, é bom ver outros corpos se mexendo, conhecer novas possibilidades de movimento e novas soluções para os mesmos problemas, aprender novos caminhos. É interessante ver como o outro corpo se movimenta pelo espaço e o que o faz se mover. Aprender novos gestos, novos conceitos, novas possibilidades. Ampliar a percepção do outro, do espaço ao nosso redor, aguçar os sentidos, ouvir a música, prestar atenção no que está acontecendo naquele momento e em nada mais, poder errar.

Quando estamos no palco ou no ensaio da companhia ou numa situação em que somos os “profissionais” o erro vira um ser temido que é quase sempre rechaçado com veemência. É bom poder errar, pois o erro faz parte do processo de aprendizado. Permitir-se errar nos liberta da autocrítica limitante e opressiva. Que reconfortante ouvir alguém dizendo para não ficar contando os tempos musicais enquanto se dança ou dizer que o que importa é tentar e não simplesmente acertar. O acerto vem da tentativa e a tentativa pressupõe o erro. Mais importante do que isto, às vezes, fazer o "passo certo" não é o melhor. No caso da arte, ceder lugar para a emoção, para os sentimentos ou deixar-se conduzir por eles nos leva a locais que são muito mais profundos, comunicativos e expressivos do que a técnica perfeita. Óbvio que este tipo de proposta só surge depois que o professor já deu duas horas de aula de pura técnica, mas é bom nos libertar da pressão do "fazer a coisa direito". Como é bom quando podemos nos movimentar sem ficar pensando “o que os outros vão achar”. Que se danem os outros! As pessoas são um grande mar de decepções.

É importante também sair da nossa zona de conforto, colocar-se à prova, testar-se, superar limites e criar novos objetivos. São comportamentos tão comuns na primeira infância, quando estamos descobrindo o mundo e que vamos tristemente perdendo ao longo da vida. Os erros que vamos cometendo pelo caminhar acabam nos impedindo de seguir em frente ou de tentar novamente. Como é bom ouvir que o erro faz parte do processo e que não devemos dar tanta importância a ele. Errar nos permite aprender, conhecer e, a partir disto, crescer.  Não tem um ditado que diz que é errando que se aprende? Se este é o caminho natural para o conhecimento porque tornamos o equívoco algo tão temível, castrador, limitador?

Outro professor espanhol que esteve em Porto Alegre em 2012, David Paniágua, disse que o importante para o artista que vai subir ao palco é “desfrutar” daquilo que está fazendo naquele momento. Quando nos preocupamos menos com o erro, ele tem menos possibilidade de acontecer. Além disto, se errarmos, por já termos passado por situação semelhante durante os ensaios e as práticas que antecedem à cena, já saberemos solucionar o problema e seguir dançando a música, seguir comunicando, cativando, instigando, arrancando “olés” da plateia. Comprovei isto na prática. Permitir-se errar é a melhor forma de prevenir que o erro aconteça e de estar “inteiro”, mental e corporalmente disponível na cena. Aliás, só erra aquele que se arrisca a ir além daquilo que já conhece ou sabe. Quem vive sempre fazendo as mesmas coisas, testando as mesmas coisas, dançando as mesmas coisas sempre do mesmo jeito não erra, porém não acrescenta nada de novo à sua vida nem aos outros. Viver sempre na nossa zona de conforto é contentar-se com uma vida de mediocridade e com um resultado cênico significativamente pobre. É claro que o local de testar novas coisas é a sala de aula, o ensaio, mas muitas vezes nos "travamos" tanto nestas horas que não ficamos disponíveis para o novo e acabamos levando para a cena aquilo que já conhecemos. Aprender a ficar disponível para o novo é algo fundamental para o artista.

O conhecimento é algo que ninguém pode tirar de nós. Bem, só se este alguém for o mal de Alzheimer ou outra doença degenerativa tão grave quanto esta. Se tivermos saúde mental e, no caso da dança, corporal até o fim das nossas vidas, nada nos tirará aquilo que conquistamos com suor, tentativas e erros. O que retemos, o que apreendemos do convívio com os outros depende de nós e não dos outros, depende da nossa vontade de aprender, da nossa predisposição para o erro e para o consequente acerto. E este conhecimento que construímos independe de que nossos maestros ou as pessoas que nos fizeram conhecer algo além do que sabíamos lembrem que nos fizeram este bem. Eu me tornei uma pessoa, bailarina, bailaora melhor depois da experiência, se os outros lembram de mim ou não é problema deles. Eu cresci enquanto profissional e isto me basta por hora.

Até porque as pessoas não são tão boas quanto pensamos que elas são. Sempre vai ter aquele que é lembrado porque tem mais dinheiro, porque puxa mais o saco, porque chora e se emociona com tudo que o professor fala, porque dança muito bem para o pouco tempo de estudo, porque é uma possibilidade de novos contatos de trabalho, porque, na visão do professor, é melhor do que você. Enfim, cada um lembra daquilo que julga importante para si mesmo. Cada um de nós possui seus próprios filtros para toda a informação que nos chega e cada um cataloga e guarda aquilo que acha relevante. É triste, mas nem sempre pessoas que nós julgamos importantes e relevantes em nosso crescimento profissional irão lembrar que fizeram parte desta nossa caminhada. Nós ainda não podemos controlar a mente das pessoas e dizer o que elas devem lembrar ou o que elas não devem lembrar, falar, pensar, dizer... Aliás, graças a Deus que ninguém inventou algo capaz de fazer isto.

Enfim, errar é humano e aprender com o erro é sabedoria, conhecimento que, por sua vez, nos liberta e engrandece enquanto profissionais e seres humanos!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

YARA CASTRO NO TABLADO CAXIAS

Na sexta, dia 11 de janeiro, subi até Caxias do Sul na serra gaúcha. A princípio, ia somente passear com meu namorado, Giovani Capeletti, que acompanharia com sua guitarra o curso da maestra Yara Castro no Tablado Caxias. Além disto, ia aproveitar para ver a família caxiense e curtir a peña de encerramento do curso que aconteceu no sábado. Quando cheguei lá, minha participação na história mudou. Acabei acompanhando o curso e a peña nas palmas e ainda aprendendo umas pataítas por bulerias. Foi uma experiência muito divertida além de ter sido um privilégio compartilhar o palco com artistas tão generosos e competentes quanto Giovani Capeletti, Sonia Bento, Yara Castro, Karime Domit, Daniela de Oliveira, Claudia Machado e Vinicius Rocha além dos alunos do Tablado Caxias.

Para quem não conhece flamenco, uma peña é uma reunião de aficcionados por algo. Pode ser futebol, arte, literatura, flamenco, culinária, arquitetura... o tema não interessa, mas a reunião em torno do assunto de interesse comum sim. Nas peñas flamencas, em geral, os aficcionados por estar arte podem desfrutar de shows de flamenco, ver vídeos sobre o assunto ou ainda compartilhar conhecimentos acerca do baile, do cante e do toque flamencos.

Por falar em música flamenca, as palmas neste gênero musical, por assim dizer, são consideradas instrumentos musicais e desempenham papel importante junto com os demais instrumentos de percussão que podem ser utilizados ou não. Digamos que as palmas foram os primeiros instrumentos de percussão utilizados no flamenco. Por isto, em "flamenquês", dizemos que as pessoas "tocam" palmas e não que "batem" palmas. Aliás, acompanhar o baile, o cante ou a guitarra com palmas é algo difícil e que deve ser estudado com seriedade, pois um "palmero", como chamamos quem toca palmas, pode ajudar muito ou atrapalhar muito quem está cantando, tocando ou dançando.

Pataítas ou patadas são pequenos trechos de sapateado, movimentos rápidos de corpo ou uma mistura das duas coisas que servem para arrematar as letras de tangos flamencos (ritmo quaternário) ou bulerias (compasso de 12 tempos). Em geral, usamos as patadas nas juergas, que são momentos de improvisação onde vários cantaores, guitarristas, percussionistas e bailaores se revezam no baile, no toque e no cante. As juergas são como rodas de samba, onde quem quiser pode entrar dançar, tocar ou cantar um pouco. Claro que não é uma coisa desorganizada. Na verdade, para participar de uma juerga é preciso conhecer alguns códigos importantes principalmente no que diz respeito ao cante. É como participar de uma roda de capoeira. É preciso saber atacar e se defender para entrar na roda. Nas juergas, é preciso, basicamente, conhecer os diferentes tipos de letras e de ritmos e saber quando devemos usar as patadas e quando não devemos.

Abaixo, o registro de um momento de descontração com o pessoal do Tablado Caxias e a maestra Yara Castro, que conheci em Madri quando estive lá para uma temporada de estudos em 2012. Foi muito bom dividir novamente o palco com esta maestra, a primeira vez foi em Madri no projeto Brasil Flamenco. Yara é uma das personalidades mais importantes do flamenco brasileiro na atualidade. Na verdade, o flamenco brasileiro deve muito a esta maestra tanto aqui no Brasil quanto na Espanha. Saiba mais sobre Yara Castro clicando aqui.

Da esq. para dir.: Fabiana, Vinícius Rocha, Cláudia Machado, Daniela de Oliveira,
Yara Castro, Graziela Silveira e Giovani Capeletti
E mais uma foto. Esta é com os artistas depois do show.

Da esq. para dir.: Giovani Capeletti, Cláudia Machado, Vinicius Rocha, Karime Domit,
Yara  Castro, Sonia Bento, Daniela de Oliveira e Graziela Silveira

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

TRECHO DE SHOW NO TABLADO ANDALUZ

No final de 2012, durante mais um dos shows regulares de flamenco que acontecem no Tablado Andaluz, um amigo registrou uma parte do espetáculo em vídeo.

No vídeo, apareço bailando por alegrias. Alegria é um dos ritmos do flamenco e pertence à família das Cantiñas. Na verdade, os flamencos não chamam de ritmo, mas de palo. As alegrias nasceram na província de Cádiz na Andaluzia. São um ritmo alegre, festero ou chico como são chamados os palos que tem temas leves. As letras dos cante por alegrias, em geral, falam do mar, da pesca, dos amores e e das belezas de Cádiz. Contamos o compasso da música em 12 tempos acentuando hora de 3 em 3 (ternário), hora de 2 em 2 (binário).

No vídeo, vemos o final do baile. O vídeo começa na escobilla (momento do baile dedicado ao sapateado) e termina com um final típico paras as alegrias: o cante,o baile e o toque por bulerias outro palo do flamenco.

Quem quiser conhecer mais sobre a música ou a dança flamenco pode procurar uma das várias escolas dedicadas a esta manifestação cultural que estão espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Quem quiser falar comigo, me encontra na Escola La Tablada em Canoas ou pelo e-mail grazi_silveira@hotmail.com.

O vídeo está disponível em : http://www.youtube.com/watch?v=G8orCnCjojs






sábado, 5 de janeiro de 2013

PRIMEIRO SHOW DO ANO

Abaixo estão algumas fotos clicadas durante o primeiro fim de semana de shows de 2013 no Tablado Andaluz. As fotos são de Ana Pires, professora do Pátio Espanhol, um tablao e escola que fica em Belo Horizonte - Minas Gerais.

Nas imagens, os artistas Andréa Franco (baile), Graziela Silveira (baile), Pedro Fernandez (baile, cante), Giovani Capeletti (guitarra) e Gustavo Rosa (cajón).

Pedro Fernandez por Siguiriya

Da esq. para dir.: Andréa Franco, Ana Pires e Graziela Silveira.

Por tangos flamencos


Juerga de bulerias

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

SHOWS DE FLAMENCO NO TABLADO ANDALUZ

Hoje, retomamos as atividades na Escola La Tablada (para informações sobre os cursos de verão é só rolar a página para baixo e ver a postagem sobre o assunto). Às 19h começamos o curso de verão para iniciantes e às 20h seguimos com a aula regular para aqueles que já dançam flamenco em Canoas.

Para completar a noite, vou abrir os trabalhos do ano no Tablado Andaluz. Quem não conhece o local tem que agendar uma visita. É o único tablao do Brasil que tem shows regulares de flamenco com música ao vivo. Serei uma das bailaoras deste fim de semana. Difícil de entender?

Os tablaos espanhóis são os locais que reúnem a música, a dança e o canto flamenco com a típica culinária espanhola. No Tablado Andaluz, os clientes podem degustar uma boa paella e assistir a um show tradicional de música e dança flamenca ao exemplo do que acontece na Espanha. O Tablado Andaluz fica na Avenida Venâncio Aires, 556 em Porto Alegre. É pertinho do Colégio Militar. O couvert do show custa R$ 20,00 para quem não janta o buffet de paellas e R$ 10,00 para quem janta (o buffet de paellas custa R$ 40,00 por pessoa). Reservas e informações pelo telefone: 3311-0336.

Em flamenco, chamamos os bailarinos (as) de bailaores (oras), os cantores são cantaores e o violão é chamado de guitarra. Quem toca pode ser chamado de tocaor ou guitarrista. O cajón é um instrumento de percussão de origem peruana que foi incorporado ao flamenco graças ao trabalho de um percussionista brasileiro chamado Rubem Dantas que tocava com Paco de Lucia, um dos maiores guitarristas de flamenco da história.


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

FLAMENCO EM CANOAS

Em 2013, seguimos com as aulas de flamenco em Canoas. Estamos desde 2010 na Escola La Tablada, que fica na Rua Silva Jardim, 47 pertinho do centro da cidade. As aulas em Canoas acontecem de março a dezembro nas terças e quintas à noite e nos sábados pela manhã e podem ser frequentadas por homens e mulheres de todas as idades (crianças a partir de 8 anos frequentam as aulas com os adultos). Durante os meses de janeiro e fevereiro, temos horários diferenciados. Veja mais informações sobre os cursos de verão 2013 na Escola La Tablada no link: http://grazielasilveira.blogspot.com.br/2012/12/cursos-de-flamenco-em-canoas.html

Graziela Silveira é formada em Dança pela Ulbra e começou seus estudos de flamenco no Tablado Andaluz em Porto Alegre em 2003 com os professores Robinson Gambarra, Andréa Franco e Pedro Fernandez. Desde 2006 é também professora da escola e atua nos shows da Cia de Dança Tablado Andaluz. Fez workshops com Cláudio Arias (Argentina), Carmen "La Talegona" (Espanha), Concha Jareño (Espanha), Pepa Molina (Espanha), Carolina León (Venezuela), David Paniágua (Espanha) e frequentou as aulas regulares de Belén Fernandez. Entre os artistas nacionais com quem já fez aulas, destacam-se  Talita Sanchez (São Paulo), Miguel Alonso (Cuba/ São Paulo),  Miriam Galeano (Paraguai/Curitiba), Mariana Abreu (Campinas), Yuri Caires (São Paulo), Yara Castro (São Paulo/ Madri), Stéfano Domit (Caxias do Sul/ Madri), Diego Zarcón (Rio de Janeiro) e Adelita Parra (Campinas). Esteve em Madri participando como aluna do II Ciclo de Formação Completa de Baile Flamenco em agosto de 2010. O curso, dirigido por Eliezer "La Truco", ocorreu na escola Amor de Dios, um dos centros de estudo e aprendizagem em flamenco mais importantes do mundo. Foram seus professores no curso: Pepa Molina, Maria Juncal, Nuria Truco, Dagmara Brown, Julia Royo, Eliezer "La Truco", Pedro Sanz, Joaquin San Juan, Rafael Casado e Carmela Greco. Na mesma época frequentou as aulas de Alfonso Llosa e Miguel Cañas e foi convidada pelos brasileiros radicados em Madri Yara Castro e Fernando de La Rua para participar do projeto Brasil Flamenco que ocorre no tablao ArteBar na capital espanhola. Neste evento, dividiu o palco com outros artistas flamencos brasileiros que moram ou estavam em Madri na época. É bailarina da Geda Cia de Dança Contemporânea. Foi indicada ao Prêmio Açorianos de Melhor Bailarina de 2011 pelo espetáculo Cem metros de valsa e um grama. Quem quiser conhecer mais sobre a professora pode acessar o perfil dela no Facebook: Graziela Silveira ou no Twitter: grazidanca.